a vez gente. Depois de deixar o meu bloguinho pronto com relação à aparência vi que ele ficou bem parecido com o blog que eu mais curto ler, que é o Saiu no último Jornal da Universidade da UFRGS uma reportagem sobre
acessibili
dade. Achei bem interessante: mostraram alguns colegas que eu admiro profundamente por sua força de vontade: Rafa Giguer (def. visual), formado em Engenharia de Materiais e servidor da universidade, André Vicente (def. visual), estudante de Música e Pedro (cadeirante) também estudante de Música. (conheço pessoalmente só os dois primeiros). Claro que muitos colegas que eu conheço que também travam uma batalha diária para estudar não foram citados, mas nem teria como fazer iso... :-) A Reportagem fala dos problemas que ainda existem e das iniciativas que procuram resolvê-los. A principal delas, com certeza, é o Projeto Incluir, onde o Rafa trabalha. É lá que eu faço a ampliação dos textos que leio para a faculdade!Vejo que o interesse pela acessibilidade e pela educação inclusiva tem aumentado bastante ultimamente. Em Psicologia da Educação tínhamos de escolher um assunto para um trabalho em grupo. Tantas pessoas escolheram inclusão que foi preciso formar dois grupos! O meu grupo falou majoritariamente de formação de professores. Embora haja a consciência de que os professores devem estudar esse assunto, na pesquisa de currículos a Fran da Ciências Sociais que também estava no meu grupo constatou que o máximo que há é uma cadeira de LIBRAS básica em algumas licenciaturas e isso ainda é muito pouco. Também notamos pela manifestação de alguns colegas que eles não estão ainda muito a vontade com a idéia de dar aula em uma turma onde haja um ou mais aluno(s) deficiente(s). Parecem achar que o ideal é que os deficientes fiquem separados do re4stante pois assim seria mais fácil para os professores. Vejo que as pessoas em geral ainda são bastante mal informadas. Elas pensam que para os deficientes TUDO deve ser diferente, mas não é bem assim. A convivência dos deficientes com os não-deficientes pode (e deve) ser mais comum e normal! Mas eu não culpo os meus colegas. Acho que eles têm boas intenções em sua maioria, mas falta terem mais informação, talvez até mesmo mais acesso a ela. Mas isso tem melhorado e tende a melhorar mais.
Como faço parte do Movimento Estudantil de esquerda da UFRGS penso muito seriamente em começar
um movimento pró-cotas para Deficientes. Eu sei que a UFPR e a UFSE já têm. Mas será que a UFRGS está pronta para isso? Será que EXISTE esse negócio de "estar pronta para isso"? Afinal, os deficientes encontram barreiras em onde quer que eles vão, o que derruba o argumento "a universidade tem muitas barreiras". Mas, e os surdos, que têm uma dificuldade real de comunicação? Como fariam para acompanhar as aulas? Não poderia ter intérprete de libras? (Já fui aluna de um curso que tinha, funcionava bem lá) Será que não poderíamos abrir discussões?Eu sou uma deficiente visual light, com poucas necessidades especiais. Mas vejo que, por
mais que eu tenha um resíduo visual que me aproxima um pouco das pessoas videntes (como os def. visuais chamam quem tem visão normal :-D) as pessoas não entendem muito como eu vivo. Meu egocentrismo faz com que eu adore contar o que eu já passei e o que ainda passo. Fico feliz com a curiosidade/solidariedade. Estou respondendo algumas perguntas sobre deficiência por msn para o trabalho de um menino e uma menina da Pedagogia. Bem interessante. Eles estão sendo bastante compreensivos com as coisas que eu estou contando e noto um grande cuidado da parte deles ao conversar comigo. (Isso porque eles ainda não sabem que eu adoro falar sobre essas coisas XD.) Mas creio que eles realmente estejam no aminho certo. Espero que consigamos cada vez mais disseminar a conscientização. Gurizada boa, façam como Camila e Thiago!

